Esse post será em especial aos
meus dois personagens favoritos. Dexter Morgan e Gregory House. Vou comentar um
pouco das características tão diferentes que fazem essas duas excelentes séries
levarem o nome deles.
É comum, para quem assiste as
séries “Dexter” e (assistia) “House”, se lembrar de algum episódio onde os
próprios se referem a eles mesmos como “quebrados”
e “estragados”. Mas isso é o que fascina e cativa nas séries: a imperfeição
desses caras. Não sou daquelas que dividem o mundo em gostar de vilões ou
gostar de mocinhos. Eu sempre torço pelo personagem que me convence de que
grandes histórias podem vir dele. Independente de boas ações e vilanias.
Vou começar falando do médico
mal-humorado, anti-social, orgulhoso e indiferente que atende pelo nome de
Gregory House.
A série (de 2004) foi muito bem
feita e saiu daquele cotidiano das séries médicas (que nunca chamaram minha
atenção). Sem comentar que Hugh Laurie vai ser sempre o House.
Quem acompanha a série sabe que esse
jeito sarcástico e ranzinza era a maior máscara que ele usava. Quando eu não
assistia fielmente (via uns episódios aqui, outros ali) eu tinha maior
antipatia pelo House. Ficava revoltada com a maneira que ele tratava os
pacientes, sua equipe, seus superiores e qualquer pessoa. Eu pensava “Nossa!
Que cara orgulhoso e metido. Só porque consegue diagnosticar doenças sinistras
fica aí se achando.” Mas quando você dá uma chance para conhecê-lo você passa a gostar dele ( e muito).
Uma de suas frases mais marcantes
é “todas as pessoas mentem” e ele usava esse conceito para se manter afastado
de todos. Não apenas de pacientes e colegas de trabalho, mas de todos mesmo. Mas fica bem claro no seriado que a única
pessoa que ele deixa fazer parte da vida dele, mesmo sem admitir, é o Wilson.
House e Wilson. Uma das amizades
que eu mais era fã de todas as série que assisto. Parece que o House só sacaneia,
apronta e faz tudo para a infelicidade do amigo, mas Wilson sabe como ele é e
deixa a amizade seguir dessa forma. Na última temporada isso fica claro e
tenso. Wilson fica doente e House tem dificuldade de lidar com a perda do único
amigo. (chorava fácil)
Conhecido por quebrar todas as regras
profissionais, House faz suas próprias “leis”. Não usa jaleco, não obedece ordens
de seus superiores, não se aproxima de seus pacientes. Prefere resolver o
fascínio de seu quebra-cabeça a se envolver emocionalmente com o doente,
lançando mão de métodos que às vezes arriscam a vida do paciente. É arrogante,
prepotente e tudo mais que você possa imaginar.
O que mais chama atenção no
personagem é o modo como ele vive isolado. Tanto na vida profissional quanto na
pessoal. Ele já foi casado, mas se separou após ficar com uma lesão permanente
na perna e decidiu não se relacionar. Cara, ele sente dor! Muita dor! O que
você faria se vivesse com dor e nada fizesse parar? Mau humor é pouco! Muito
pouco. A única coisa que dá sentido a ele é o diagnóstico, solucionar os casos intrigantes.
Ele teve um romance com a Cuddy,
eu até curti no começo de ver que ele deixou alguém se aproximar, mas não deu
muito certo e eu, particularmente, deixei de gostar dela depois que eles
terminaram. Talvez seja eu tomando as dores do meu personagem (e são muitas
LOL).
São várias as características que
fazem esse meu fascínio sobre o personagem. Sua inteligência, perspicácia e a
honestidade com as várias circunstâncias. Claro que ele faz coisas erradas e muitas
de suas atitudes levaram à consequências que, talvez, trouxeram ele um pouco
para a realidade. Já foi parar em uma clínica, quase perdeu o direito de
exercer a Medicina, foi pra cadeia ...
Mas nada pareceu mudar o House.
Eu tenho muitas saudades da série
e olha que nem faz tanto tempo que terminou. Só de pensar que não verei mais
novos episódios, os casos intrigantes, a amizade dele com o Wilson, as
complicadas vidas pessoais dos que formavam a equipe e o jeitinho “estragado”
do House já fico nostálgica. Chorei no último episódio, chorei muito. Mas fui
enganada por esse sacana mais uma vez. É aquele personagem que você passa 8
temporadas acreditando que conhece e acaba sendo enganada no último episódio da
série.
Mas são todos esses dilemas, o
sofrimento interior e as dores que fazem dele um personagem fantástico. Um
personagem que vai ficar para sempre marcado na minha lista de preferidos.
Eu sei que eu falei muito do
House e me estendi demais, mas não posso deixar de falar do meu outro querido
personagem “quebrado”: Dexter Morgan.
Opa! Aí deve ter alguém pensando:
“Mas, Dexter não é aquele serial killer?” É. Eu sei que ele é um assassino, mas
a complexidade do personagem cria uma simpatia com ele.
A série é baseada na saga literária
de Jeff Lindsay e é uma das melhores no ar, na minha opinião.
Dexter é muito complexo. Teve um
problema grave na infância, presenciou o assassinato de sua mãe e isso causou
graves danos psicológicos. Foi adotado, cresceu, foi educado pelo pai, um
policial, que ao perceber os primeiros traços de violência no garoto (ainda
adolescente) lhe ensinou um “código de justiça”, direcionando sua agressividade
(ou doença) para o “bem”, se posso assim dizer.
Dexter é um serial killer, um
psicopata que vive camuflado na sociedade. Aos olhos dos demais é um nerd
qualquer que trabalha com sangue. Ele trabalha na delegacia de homicídios,
convive com sua irmã (também policial) e tantas outras pessoas da área, sua
namorada Rita, os filhos dela.
Os pensamentos do Dexter são o que mais me
cativam, eles trazem um efeito hipnótico. Me pego assistindo a série e torcendo
para ele não ser pego e nem descoberto.
O que traz a ilusão em relação ao
personagem é você ver que ele segue “o código” que seu pai lhe ensinou. Ele só
mata assassinos. Então você meio que romantiza o personagem. Muitas pessoas são
arrogantes ou têm algum problema com ele, e nem por isso ele sai por aí matando
as tais. São pessoas ruins, mas não oferecem , de fato, um risco para a
sociedade.
O Dexter do dia a dia, se mostra
um cara simpático, na dele, cordial, até. E ninguém imagina o que ele sai por
aí fazendo nas noites de Miami. Nas próprias palavras do Dex “as pessoas não
sabem quem tira o lixo da sociedade.”
Esse Dexter amigável que a gente
conhece durante o cotidiano dele desparece nos momentos cruciais de seus
rituais. Sacos plásticos, ferramentas afiadas, fitas adesivas e todo cuidado
para cumprir o primeiro item do código: “Nunca ser pego”. No entanto, terminado
o ritual o Dexter “gente boa” volta e eu continuo a torcer por ele.
Enfim, não vou falar muito dele,
porque é um personagem que evolui muito ao longo das temporadas (talvez até se
humanize um pouco. Será?) e qualquer coisa comentada pode tirar a surpresa de
quem ainda não assiste a série. O que fica são os pensamentos dele, seus questionamentos
na adolescência (que aparecem na série em forma de flashbacks), as conversas
com o pai adotivo que o ajudaram a viver uma vida “normal” diante das outras
pessoas, canalizando o seu lado psicopata para indivíduos que ofereçam riscos à
sociedade.
Aqui vai o vídeo com a abertura
da série. A cara do Dexter é demais e a música já é conhecida de longe. E fica
a dica para quem não assistiu ainda ... “DEXTER”. Vale muito a pena!
Então, gente ... esses são meus
dois “malvados” prediletos.
E vocês, quais personagens seguem esse estilo? Tem
algum favorito?
Dexter é o melhor <3333
ResponderExcluirAmo tudo da série, desde a abertura até o personagem mais chato (tb não é pra tanto, hehe)
Vida longa a Dexter! - se bem que já teve uma vida longa e seu fim está próximo, para a minha tristeza e de toda a sociedade - Eu torço para que nessas 2 temporadas restantes, ele volte a parecer mais com o Dexter que tanto me encantou nas temporadas iniciais, menos 'humano' e mais complexo
E quanto a House, um dia assisti os 7 primeiros episódios (contra minha vontade, nunca fui fã de séries médicas) e não gostei muito. Mas dizem que a série vai crescendo (com altos e baixos) ao longo das temporadas. Depois do que foi falado no post, quem sabe um dia eu volte e assista :)
ResponderExcluirAdoooro Dexter! Incrível como ele consegue fazer a gente gostar dele, mesmo sendo tão estranho, ele nos cativa e nos faz querer que TUDO aconteca, menos que ele seja pego haha. Tô no meio da 3ª temp ainda.. "/ espero terminar logo pra acompanhar a 7ª.. House vi a primeira temporada e alguns epis de vez em quando.. gosto demais dele tbm! Acho ele mto incompreendido u.u'
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